segunda-feira, 30 de maio de 2011

Punk's



Princípio de autonomia do faça-você-mesmo, o interesse pela aparência agressiva, a simplicidade, o sarcasmo e a subversão da cultura. Entre os elementos culturais punk estão: o estilo musical, a moda, o design, asartes plásticas, o cinema, a poesia, e também o comportamento (podendo incluir ou não princípio séticos e políticos definidos), expressões linguísticas, símbolos e outros códigos de comunicação. Surge dentro do contexto da contracultura, como reação à não-violência dos hippies e a um certo otimismo daqueles.



Brasil
O movimento punk em São Paulo surgiu na Zona Norte, mais precisamente a turma roqueira da Vila Carolina, onde desde o início dos anos 70, já se formava uma cena pré-punk influenciada por bandas de protesto norte-americanas e inglesas, como MC5, The Stooges e Dust. Aqui surge a primeira banda punk brasileira: Restos de Nada.
A banda foi formada em 1978 como uma forma de protestar contra a repressão do governo militar e mostrar que diversos jovens lutavam por uma sociedade melhor. O precursor dessas ideias foi o guitarrista Douglas Viscaino que criou a banda. Inspiradas nesse ideal, muitas outras bandas se formaram para também criticar o regime, tais quais como AI-5, Detrito Federal, Condutores de Cadáver, Cólera, Aborto Elétrico, entre outras.
Em Brasília, o punk rock chegou por volta de 1977, através de filhos de políticos e embaixadores que trouxeram do exterior álbuns de bandas de punk rock que estavam nas paradas inglesas da época.


Ideologia
Desde o seu início, a cultura punk teve ideias apartidárias e a liberdade para acreditar ou não em um deus ou religião qualquer. Porém, por causa do tempo de existência, seu caráter cosmopolita e amplo, ocorreram distorções de todas as formas, em diversos países, dando ao movimento punk uma cara parecida mas totalmente particularizada em cada país.
Por se assemelhar em diversos aspectos com o anarquismo (posteriormente, a principio o movimento punk era apolítico), punks e anarquistas passaram a colaborar entre si e muitas vezes participando das ações.
Passaram então a existir muitos punks que também eram realmente anarquistas, e posteriormente surgiu o anarcopunk, este ganhou um novo rumo com redirecionamento a uma nova militância política, com discursos e ações mais ativas, opondo-se à mídia tradicional, ao Estado, às instituições religiosas e grandes corporações capitalistas.


Como a maior parte dos movimentos populares, o movimento punk tem quase tantas nuances quanto o número de adeptos, mas em geral sustentam valores como anti-machismo, anti-homofobia, anti-fascismo, amor livre, antilideranças, liberdade individual, autodidatismo, iconoclastia, e cosmopolitismo.
Existem outras vertentes do movimento como o streetpunk/oi! caracterizado pelo relacionamento de punks e skinheads, ou o straight edge que se auto-denominam "livres de drogas" não fazendo uso de nenhuma substância que altere o humor, incluindo o álcool e a nicotina.
A outra vertente são as gangues, que estiveram presentes desde o começo deste movimento, principalmente em São Paulo, onde existem até hoje. São famosas pelo uso da violência e união de seus integrantes, geralmente andam em grupos não tão numerosos. Chegam a ser mais de 10 facções em São Paulo, sendo as principais só quatro delas, que são originais do começo do movimento e talvez as mais respeitadas.

Ficheiro:Punkertreffen 1984-auschnitt.jpg

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